Mantenho-me audível
a todas as novidades.
Detesto monotonia.
Sigo passarinhando
refletida em incertezas.
Fruto maduro
desalojado de governo
engolindo saudades
e sem vontade de raízes.
sábado, 24 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Insurreição
Percebo-me em terrível concreção
O superego me sufoca
Quero-me rosa
cheirosa,amorável.
O sorriso me enfeita
Quero-o sempre
até na hora de partir.
O superego me sufoca
Quero-me rosa
cheirosa,amorável.
O sorriso me enfeita
Quero-o sempre
até na hora de partir.
sábado, 10 de dezembro de 2011
Senso de realidade
Desconfie do confiável
Todos somos humanos
Existem os humores
os surtos,os medos
as sombras e seus efeitos.
Confie que tudo muda
a cada segundo
no micro e no macrocosmo.
Nada é inútil
Tudo se transforma
Eu acredito.
Todos somos humanos
Existem os humores
os surtos,os medos
as sombras e seus efeitos.
Confie que tudo muda
a cada segundo
no micro e no macrocosmo.
Nada é inútil
Tudo se transforma
Eu acredito.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Vivendo o dia
Estreio o coração todos os dias,
e quando acordo fico feliz.
O tempo cresce e pesa
sou testemunha disso
e de todas as bizarrices
e das patéticas hipocrisias.
Desembrulho a alma
e me encanto em compartilhar.
sábado, 3 de dezembro de 2011
A despedideira(trechos de um conto de autoria de MIA COUTO)
Há mulheres que querem que seu homem seja o sol. O meu quero-o nuvem.Que me deixe ser mulher,mesmo que nem sempre seja sua.Que ele seja homem em breves doses, em vez em quando seja mulher tanto quanto eu.As suas mãos as quero firmes. Mais ainda,quero que ele me saiba
vestir,como se ele fosse a mão da minha vaidade.
_ Quando ele me dirigiu palavra,dei conta de que até então nunca eu tinha falado com ninguém. O que eu havia feito era comerciar palavra em negoceio de sentimento.Dessa vez com este homem, na palavra eu me divinizei.Ele em minha frente,todo chegado, como se sua única viagem tivesse sido para minha vida.
Obs. Mia Couto é moçambicano, cujo estilo literário demonstra forte influência do notável Guimarães Rosa.Este seu conto, bem retrata o estado de graça de uma mulher apaixonada.Denota o autor a sua sensibililidade para compreensão da alma feminina
vestir,como se ele fosse a mão da minha vaidade.
_ Quando ele me dirigiu palavra,dei conta de que até então nunca eu tinha falado com ninguém. O que eu havia feito era comerciar palavra em negoceio de sentimento.Dessa vez com este homem, na palavra eu me divinizei.Ele em minha frente,todo chegado, como se sua única viagem tivesse sido para minha vida.
Obs. Mia Couto é moçambicano, cujo estilo literário demonstra forte influência do notável Guimarães Rosa.Este seu conto, bem retrata o estado de graça de uma mulher apaixonada.Denota o autor a sua sensibililidade para compreensão da alma feminina
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