domingo, 29 de abril de 2012

Navegando

Sonhos de entregas
partilhas,desprendimentos.
Agriculturar o novo
transformá-los em fluidos de urgências,
casar o corpo com a alma
em união de férteis sutilezas,
cabeça no peito,aconchegos,
bimbalhar de virgens emoções.
Pão com manteiga,
feijão com arroz,
olho no olho,
boca adoçada por beijos
fluindo inextinguíveis.

sábado, 28 de abril de 2012

Pausa para sonhar

É muito rica a lembrança
A febre do primeiro amor
que corta o sono
e acorda o sonho.
O primeiro toque
o susto, a descoberta,
o corpo pendulando
o pensamento ondeando.
Onde se esconde esta lembrança?
a gaveta se abre sem mistérios
e todas as cores pululam
ante meus orvalhados olhos,
olhos de princesa despertada
sem o acúmulo dos fatigáveis anos.

sábado, 21 de abril de 2012

Felicidade

                 A filosofia Budista prega o desapego como meio para se alcançar a felicidade.No ocidente, indo na direção contrária, a felicidade seria conseguida em termos de posses,tais como dinheiro,status,beleza,reconhecimento e outras bobagens .Desejos tantos que só podemos obter em preciosos minutos no tempo.Como tudo é impermanente ,transitória também é nossa felicidade.A qualquer momento pode ruir dada a constância das adversidades.É da própria dinâmica da vida a transitoriedade e a imprevisibilidade.O verbo muitas vezes  não é bem empregado, deveríamos dizer estou feliz e não sou feliz, dada a impermanência deste estado de graça tão subjetivo.Eu sei o que me faz feliz, mas não tenho a fórmula da felicidade.Divulgue-a quem achá-la,garanto que será mais um charlatão a abarrotar as prateleiras das livrarias.Nós gostamos das ilusões porque temos medo da verdade.Há um certo desconforto em admitir que somos impotentes,já que nos julgamos sábios e merecedores de todas as benesses, e não nos damos conta da nossa pequenez e arrogância.Humildade talvez seja o que está  faltando neste mundo acelerado, com tantas descobertas científicas e tanta ignorância a respeito do que realmente enobrece  e faz sentido para uma vida mais rica de valores que nos dão leveza.

domingo, 15 de abril de 2012

O prazer de viver.

         Nós humanos estamos sempre perguntando sobre o sentido da vida. Eu mesma , constantemente venho me questionando a respeito.As especulações são muitas e sempre com respostas insuficientes.Esta semana assistindo a uma entrevista com o ator Giannecchini,tive um vislumbre de que, ele que esteve na fronteira entre a morte e a vida, talvez tenha se aproximado da verdade. Disse que  nos encontramos nesta dimensão planetária para aprendermos a amar,. em todos os sentidos conhecidos e estudados pela filosofia: o amor eros,
o fhilia e o ágape que são respectivamente o amor erótico ,o amor amizade e o amor incondicional, sendo este último o amor divino,aquele que estendemos a todas as criaturas sem distinção.Entendo que, este pensamento carrega uma certa lógica,vez que a medida que vamos envelhecendo vamos sentindo um salutar desprendimento do ego, e passamos a ter uma visão mais abrangente e respeitosa sobre o planeta e sobre todas espécies de seres.Como somos mutantes e aspiramos a imortalidade,e que  embora não exista,nada nos custa e só acrescenta o fato de estarmos aqui para aprender a amar.Portanto, vamos amar mais e de forma mais edificante, no mínimo seremos mais felizes.