O peso se foi
o apego
o sono
o sonho
o desvario
o anjo da guarda
a senhora de Fátima
O deus onipotente
a palavra do filho
o espírito santo
o agente demoníaco
o verso,o reverso.
Conhecer é assustador.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
domingo, 25 de agosto de 2013
Maturidade
Ninguém chega incólume no fim da caminhada;são inúmeras as aprendizagens,entretanto, as filigranas não revelam os seus segredos.Aprofundo-me e vejo poucas diferenças entre as tristezas e alegrias, elas se apresentam entrelaçadas na corda bamba. Nada é tão demoníaco, divino ou onírico,tudo se confunde numa penumbra de mistério.Pesa-me a leveza do nada, sufoca-me o imponderável,apavora-me a imprevisibilidade do próximo minuto.A única lembrança de que tenho saudade é de minha alma criança que, de vez em quando ainda me sorri.A única coisa de que tenho urgência é de desapego.Os títulos que me abriram portas, hoje pedem para que eu me vá.Este conhecimento de descartabilidade me proporciona um certo alívio pois já não necessito fingir,nem ,nem ter obrigação para sorri para quem me causa desconforto.Posso me desvencilhar das máscaras sociais , e me dar o prazer de ser alegre ou triste conforme as emoções que me invadam.Este é o legado a maturidade que recebo como um belo presente.A liberdade de escolha, embora mínima,nos concede a ilusão do comando de nossas vidas.
sábado, 17 de agosto de 2013
Terra do sol
Fortaleza dos meus amores,
corpo de mar,
alma de lar.
Sereia de mil vozes
rendilham a tua fala,
para ti as pétalas
os risos, a quentura do ninho.
Em tuas dolências e ardências
me aconchego comovida
rendida em teus braços quentes
refrescados pelos ventos
iluminados pelo sol que te batiza.
corpo de mar,
alma de lar.
Sereia de mil vozes
rendilham a tua fala,
para ti as pétalas
os risos, a quentura do ninho.
Em tuas dolências e ardências
me aconchego comovida
rendida em teus braços quentes
refrescados pelos ventos
iluminados pelo sol que te batiza.
domingo, 11 de agosto de 2013
Na escuridão da mente
todos nós somos ambivalentes ou outras tantas personas .Não existe resposta correta para este conceito de subjetividade que carregamos vez que, se entrelaça com objetividade do que é visto e do que é palpável.A cada momento nos surpreendemos fazendo e dizendo coisas que não imaginávamos ser capazes, posto que,estamos sempre em confronto com o imprevisível, o inimaginável, o acaso, que se interpõem em nossa caminhada.O caminho não se apresenta como uma linha reta e livre de obstáculos. Inúmeras vezes os desvios, e um caráter fortalecido pelos bons princípios nos salvam dos perigos entranhados neste mundo sem paradigmas que é o inconsciente de cada um, que os psicanalistas com as suas análises tentam com pouco sucesso ,conseguir encontrar algum luz na escuridão neste universo tão complexo.Podem com muita sorte puxar o fio da meada, deixando para o analisado a tarefa de sair da teia que sufoca, e não morrer no imenso labirinto das conexões neuronais que se encontram em constante atividade,sem que se tenha qualquer interferência consciente que, possa amenizar os medos que nos assaltam sempre que pensamos na violência urbana a que estamos submetidos, somados a outros que internalizamos ao longo de nossas vidas.Viver é uma aventura sem precedentes e sem diagnósticos confiáveis.A única coisa que nos impulsiona são nossos sonhos,sem eles a vida não tem sentido, e sem propósitos ela se torna inócua e sem possbilidades de evolução que, consiste primordialmente no nosso aprimoramento como um ser mais fraterno,tolerante e mais amoroso
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Águas
As águas também têm seus ciclos,
nascem,morrem renascem,
elas não escolhem caminhos
agitam-se comandadas pelos ventos
ao sabor da correnteza .
as águas não têm liberdade
são como nós,apenas anseios,
fluem e desaguam em outras águas
que as levam para o desconhecido.
Águas nossas,comprometidas,
Águas nossas servas da vida.
nascem,morrem renascem,
elas não escolhem caminhos
agitam-se comandadas pelos ventos
ao sabor da correnteza .
as águas não têm liberdade
são como nós,apenas anseios,
fluem e desaguam em outras águas
que as levam para o desconhecido.
Águas nossas,comprometidas,
Águas nossas servas da vida.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Os Quixotes
Cervantes ao nos brindar com sua obra prima deu a entender ao seus leitores que, seu personagem principal Dom Quixote de la Mancha , de tanto ler livros sobre cavalaria de sol a sol, teria enlouquecido.
Entretanto, para mim a mensagem se configurou bem mais profunda. O que me chamou atenção foi a inocência inoculada no personagem a par de uma imaginação fértil e sonhadora de uma alma aventureira que via o mundo com um olhar amoroso de um poeta apaixonado pela cultura que brotava àquela época.Quixote não sentia o inferno que se metia em suas peripécias ,os infortúnios que lhe cabiam por ter se aventurado como cavaleiro heroico que, de um modo estoico se sublimava na idealização de sua amada, também surreal Dona Dulcinéa del Toboso.Nesta simbologia Quixotes somos todos nós poetas que, fugimos da grotesca realidade do cotidiano, pra inaugurar um modo novo de namorar as belezas invisíveis e que têm no aspecto amoroso o nosso refúgio.Que proliferem as almas quixotescas e que, como arautos de reconfortantes brisas, possam refrescar este nosso planeta que agoniza na U.T.I. da corrupção, do descaso e da indiferença em prol de um utilitarismo desenfreado.
Entretanto, para mim a mensagem se configurou bem mais profunda. O que me chamou atenção foi a inocência inoculada no personagem a par de uma imaginação fértil e sonhadora de uma alma aventureira que via o mundo com um olhar amoroso de um poeta apaixonado pela cultura que brotava àquela época.Quixote não sentia o inferno que se metia em suas peripécias ,os infortúnios que lhe cabiam por ter se aventurado como cavaleiro heroico que, de um modo estoico se sublimava na idealização de sua amada, também surreal Dona Dulcinéa del Toboso.Nesta simbologia Quixotes somos todos nós poetas que, fugimos da grotesca realidade do cotidiano, pra inaugurar um modo novo de namorar as belezas invisíveis e que têm no aspecto amoroso o nosso refúgio.Que proliferem as almas quixotescas e que, como arautos de reconfortantes brisas, possam refrescar este nosso planeta que agoniza na U.T.I. da corrupção, do descaso e da indiferença em prol de um utilitarismo desenfreado.
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