sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Os Quixotes

           Cervantes ao nos brindar com sua obra prima deu a entender ao seus leitores que, seu personagem    principal  Dom Quixote de la Mancha , de tanto ler livros sobre cavalaria de sol a sol, teria enlouquecido.
 Entretanto, para mim a mensagem se configurou bem mais profunda. O que me chamou atenção foi a inocência inoculada no personagem a par de uma imaginação fértil e sonhadora de uma alma aventureira que via o mundo com um olhar amoroso de um poeta apaixonado pela cultura que brotava àquela época.Quixote não sentia o inferno que se metia em suas peripécias ,os infortúnios que lhe cabiam por ter se aventurado como cavaleiro heroico que, de um modo estoico se sublimava na idealização de sua amada, também surreal Dona Dulcinéa  del Toboso.Nesta simbologia Quixotes somos todos nós poetas que, fugimos da grotesca realidade do cotidiano, pra inaugurar um modo novo de namorar as belezas invisíveis e que têm no aspecto amoroso o nosso refúgio.Que proliferem as almas quixotescas e que, como arautos de reconfortantes brisas, possam refrescar este nosso planeta que agoniza na U.T.I. da corrupção, do descaso e da indiferença em prol de um utilitarismo desenfreado.

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